Grupo de Rap formado em 1996, na cidade de Novo Hamburgo,Rio Grande do Sul,os integrantes são DN JAY, MANO CASCATA, TAMBORERO,tambem fez parte do grupo o Rapper Will. Nossa principal contribuição no Hip Hop, foi poder levar para varios cantos do Brasil o Hip Hop atraves de show, debates, ações sociais... Somos um grupo de periferia com um olhar no protagonismo periferico e na comunidade negra. Estes somos nos Preconceito Zero,liberdade e igualdade é o que eu espero...
Tuesday, May 30, 2006
Friday, May 26, 2006
Historia do Hip Hop
Associação de Hip Hop do Vale do Sinos
Informa:
Hip Hop, que em português significa Balançar os quadris, é o conjunto de 5 elementos que em 12 de novembro de 1974 o Dj Afrika Bambaataa batizou com o intuito de resgate através da valorização da cultura.
O Hip Hop é o resultado de um processo de evolução da Cultura Negra. Para entendermos melhor, faremos uma viagem no tempo até a década de 60 na Jamaica, onde Sounds Systems, que eram caminhões repletos de caixas de som, percorriam as ruas de Kingston, capital da Jamaica, proporcionando diversão informação e união entre as comunidades mais carentes.
Os Sounds Systems contavam também com os Toasters, que eram autênticos Mcs, que anunciavam a música que era executada, reivindicavam direitos sociais, raciais, e animavam a platéia.
Nesse período mediante a uma crise política, muitos jovens se vêem na necessidade de emigrar para outros lugares, a fim de ter uma expectativa melhor de vida.
Um desses jovens o Dj Kool Herc foi parar nos guetos norte americanos e junto com ele a cultura dos Sounds Systems, que trouxeram muita cultura, união e auto valorização para os guetos que enfrentavam um grande problema de violência e tráfico gerado pelas gangues que predominavam nas ruas dos EUA.
O Hip Hop vem se demonstrando um fenômeno cultural que saiu dos guetos e hoje se encontra representado em qualquer lugar que se vá.
No Brasil, segundo registros, o Hip Hop chegou na década de 80 através de dança de rua.
A música da cultura Hip Hop é o RAP, que significa Ritmy and Poetry, e em português significa Ritmo e Poesia.
Os elementos da cultura Hip Hop, que segundo a Zulu Nation entidade também fundada por Afrika Bambaataa, são 5: Djs, Mcs, B.Boys, graffiti, e o conhecimento.
*Mc- Sigla que significa Mestre de Cerimônias, é o responsável pelos versos rimados, pelo discurso de revindicação. O Mc recebeu influência direta dos Toasters,do canto dos escravos nas plantações, pelos jogos de palavras rimadas entre outras.
Os principais estilos de rima desenvolvidos pelos mcs são os seguintes: o ingênuo, o politizado, o gangsta, o lírico, o góspel, o freestyle, entre outras variações.
*Dj- Sigla que significa disc-joquei, é o responsável pelo comando dos toca-discos equipamentos utilizados para performances, discotecagens, entre outras funções.
O Dj teve seu papel fundamental no Hip Hop tanto através de Afrika Bambaataa, quanto através de Kool Herc.
Scratch, ruído descoberto em 1977 por acaso, pelo Dj Grand Wizard Theodore, mas foi o Dj Grand Master Flash quem aperfeiçoou e inovou técnicas de scratch como o Back to Back.
*B.Boy- Sigla que significa Breaking Boy, é o responsável pela dança de rua que possui 4 estilos básicos que são: B.Boying, Loking, Poppin, e o Up-Rock.
Criado por negros e hispânicos, a dança de rua foi uma importante ferramenta contra brigas de gangues que começaram a resolver diferenças através de rachas de dança de rua.
*Graffiti- Representa a arte plástica, a arte visual expressa em muros, trens, painéis naturais e suas galerias são as ruas.
Em meio a tantas influências podemos dizer que o graffiti já vem da época do Homem das Cavernas, mas no período onde gangues predominavam era muito utilizado para demarcação de território e reivindicação de direitos.
O Graffiti possui diversos estilos que diferenciam um trabalho de outro, tais como o Tag, o Bomb, o Wild Style, o Trow Up, o 3D Style o freestyle.
*Conhecimento- Segundo a Zulu Nation, entidade fundada por Afrika Bambaataa, é conciderado o 5° elemento, pois indiferente do elemento ou função que o ser humano ira designar na sua vida, o conhecimento é fundamental para a evolução.
Por: Nouse D (Consultoria / AHVS)
Informa:
Hip Hop, que em português significa Balançar os quadris, é o conjunto de 5 elementos que em 12 de novembro de 1974 o Dj Afrika Bambaataa batizou com o intuito de resgate através da valorização da cultura.
O Hip Hop é o resultado de um processo de evolução da Cultura Negra. Para entendermos melhor, faremos uma viagem no tempo até a década de 60 na Jamaica, onde Sounds Systems, que eram caminhões repletos de caixas de som, percorriam as ruas de Kingston, capital da Jamaica, proporcionando diversão informação e união entre as comunidades mais carentes.
Os Sounds Systems contavam também com os Toasters, que eram autênticos Mcs, que anunciavam a música que era executada, reivindicavam direitos sociais, raciais, e animavam a platéia.
Nesse período mediante a uma crise política, muitos jovens se vêem na necessidade de emigrar para outros lugares, a fim de ter uma expectativa melhor de vida.
Um desses jovens o Dj Kool Herc foi parar nos guetos norte americanos e junto com ele a cultura dos Sounds Systems, que trouxeram muita cultura, união e auto valorização para os guetos que enfrentavam um grande problema de violência e tráfico gerado pelas gangues que predominavam nas ruas dos EUA.
O Hip Hop vem se demonstrando um fenômeno cultural que saiu dos guetos e hoje se encontra representado em qualquer lugar que se vá.
No Brasil, segundo registros, o Hip Hop chegou na década de 80 através de dança de rua.
A música da cultura Hip Hop é o RAP, que significa Ritmy and Poetry, e em português significa Ritmo e Poesia.
Os elementos da cultura Hip Hop, que segundo a Zulu Nation entidade também fundada por Afrika Bambaataa, são 5: Djs, Mcs, B.Boys, graffiti, e o conhecimento.
*Mc- Sigla que significa Mestre de Cerimônias, é o responsável pelos versos rimados, pelo discurso de revindicação. O Mc recebeu influência direta dos Toasters,do canto dos escravos nas plantações, pelos jogos de palavras rimadas entre outras.
Os principais estilos de rima desenvolvidos pelos mcs são os seguintes: o ingênuo, o politizado, o gangsta, o lírico, o góspel, o freestyle, entre outras variações.
*Dj- Sigla que significa disc-joquei, é o responsável pelo comando dos toca-discos equipamentos utilizados para performances, discotecagens, entre outras funções.
O Dj teve seu papel fundamental no Hip Hop tanto através de Afrika Bambaataa, quanto através de Kool Herc.
Scratch, ruído descoberto em 1977 por acaso, pelo Dj Grand Wizard Theodore, mas foi o Dj Grand Master Flash quem aperfeiçoou e inovou técnicas de scratch como o Back to Back.
*B.Boy- Sigla que significa Breaking Boy, é o responsável pela dança de rua que possui 4 estilos básicos que são: B.Boying, Loking, Poppin, e o Up-Rock.
Criado por negros e hispânicos, a dança de rua foi uma importante ferramenta contra brigas de gangues que começaram a resolver diferenças através de rachas de dança de rua.
*Graffiti- Representa a arte plástica, a arte visual expressa em muros, trens, painéis naturais e suas galerias são as ruas.
Em meio a tantas influências podemos dizer que o graffiti já vem da época do Homem das Cavernas, mas no período onde gangues predominavam era muito utilizado para demarcação de território e reivindicação de direitos.
O Graffiti possui diversos estilos que diferenciam um trabalho de outro, tais como o Tag, o Bomb, o Wild Style, o Trow Up, o 3D Style o freestyle.
*Conhecimento- Segundo a Zulu Nation, entidade fundada por Afrika Bambaataa, é conciderado o 5° elemento, pois indiferente do elemento ou função que o ser humano ira designar na sua vida, o conhecimento é fundamental para a evolução.
Por: Nouse D (Consultoria / AHVS)
Wednesday, May 24, 2006
Rigotto: a Imagem do Fracasso!
Rigotto: a Imagem do Fracasso!
*Paulo José Schmidt Brachtvogel.
Se acompanharmos pela grande mídia Gaúcha, (RBS e Zero Hora), o desempenho do Governo Rigotto é maravilhoso, não temos problemas com segurança nesse estado, a saúde vai muito bem, o crescimento parece ser o maior dos últimos tempos, o funcionalismo está satisfeito com o tratamento que Rigotto vem dando à classe, Temos uma crise do setor coureiro-calçadista más que é culpa tão somente da china e da taxa de câmbio... Será amigo leitor? Será que duvidam tanto da nossa capacidade de pensar e de raciocinar?
No final de três anos de mandato, Rigotto ainda não fez nenhuma obra importante para esse estado, a segurança é um fracasso, más não pela atuação dos profissionais desse setor, que sofrem com a falta de investimento desse governo e muitas vezes tem que se arriscar sem equipamentos apropriado por que o Estado não dá à ele condições de Trabalho.Em alguns municípios viaturas chegaram a ficar paradas por falta de combustível, em quanto isso, Rigotto e seu secretário José Otávio Germano posam para fotos entregando viaturas para a Brigada Militar e Polícia Civil, o Marketing chega ao ponto que beira o ridículo, um exemplo aconteceu na cidade de Morro Reuter onde a viatura do município ainda não estava pronta, trouxeram outra de um município vizinho só para o “garoto propaganda” (Rigotto), fazer a foto. Tanta propaganda, ainda com chapéu alheio, pois mais da metade dos recursos na compra das viaturas são recursos do Governo Lula, recursos esses que se comparados com os de seu antecessor aumentaram em 60%. (Entre os anos 2003 e 2004 o governo federal mandou para o estado R$ 48,6 milhões).
Na saúde, o “garoto propaganda” já deixou de aplicar R$ 662,77 milhões, e na proposta orçamentária de 2006 são mais R$ 260 milhões, até o final de seu (des) governo o Rio Grande do Sul terá perdido R$ 920 milhões. Com esse valor, poderiam ser construídos 4.380 postos de saúde (desses que Rigotto prometeu construir a cada quilometro, quando candidato), uma média de nove unidades por município do RS. Para essa área inventou um programa que é a cara do seu governo “Município Resolve”...
O funcionalismo é o que mais sofre pela falta de valorização tanto profissional quanto salarial, Em sua gestão, Rigotto privilegia quem já é privilegiado os funcionários do Judiciário, Ministério Público, e TCE obtiveram um reajuste de 40%, enquanto isso, os funcionários do executivo (professores e técnicos) receberam uma proposta de 10% parcelada em três vezes, e o descaso vai além, para receber o décimo terceiro só fazendo empréstimo.
Na economia o desastre é maior, enquanto que todos os outros estados cresceram no Rio Grande do Sul aconteceu o inverso, Crescemos más que nem rabo de cavalo (sempre para baixo). No governo Olívio o Rio Grande do Sul crescia acima da média nacional, Rigotto conseguiu acabar com esse crescimento e de quebra com a competitividade do estado. A política adotada por Rigotto é a inversa de seu antecessor Olívio Dutra, que tinha como prioridade o fortalecimento dos micros, pequenos e médios empreendimentos. Os benefícios fiscais para os grandes grupos econômicos bateram recordes no Governo Rigotto e já alcançaram a cifra de R$ 3,8 Bilhões. Não bastasse Rigotto ainda criou medidas inconseqüentes, aumentou a tarifa do ICMS em 20%, elevando o preço produtos que são essenciais para o dia-dia do povo gaúcho (gasolina, telefone e energia elétrica), ainda, baixou um decreto impedindo o uso dos créditos do ICMS pelo setor exportador, fragilizando nossas empresas do setor coureiro-calçadista que já demitiram mais de 13 mil trabalhadores. A imagem do Fracasso de Rigotto é tão grande, que até seu secretário de desenvolvimento disse em tom de desabafo, “se tivesse um fábrica de calçados iria para o nordeste”. (se o problema do calçado é apenas a China e o câmbio, resolve ir para o nordeste? O dólar lá tem outro valor?).
O sonho dos gaúchos anda para trás... Estamos vendo um governo fracassado, que não mostrou ainda para que veio... A única coisa que causa inveja nesse governo é de sua equipe de marketing, Rigotto sempre é muito fotogênico, não perde uma festa, mas alguém tem que avisa-lo, que ele não é mais deputado Federal - que é como se porta quando aparece um problema no estado, corre para Brasília para Lula resolver-, que foi eleito para governar e não para participar de festas e fazer poses para fotos... Se ninguém quiser acordar o “garoto propagando” do “sonho encantado” em que vive o povo gaúcho vai continuar a ver navios...
*Paulo José Schmidt Brachtvogel.
Se acompanharmos pela grande mídia Gaúcha, (RBS e Zero Hora), o desempenho do Governo Rigotto é maravilhoso, não temos problemas com segurança nesse estado, a saúde vai muito bem, o crescimento parece ser o maior dos últimos tempos, o funcionalismo está satisfeito com o tratamento que Rigotto vem dando à classe, Temos uma crise do setor coureiro-calçadista más que é culpa tão somente da china e da taxa de câmbio... Será amigo leitor? Será que duvidam tanto da nossa capacidade de pensar e de raciocinar?
No final de três anos de mandato, Rigotto ainda não fez nenhuma obra importante para esse estado, a segurança é um fracasso, más não pela atuação dos profissionais desse setor, que sofrem com a falta de investimento desse governo e muitas vezes tem que se arriscar sem equipamentos apropriado por que o Estado não dá à ele condições de Trabalho.Em alguns municípios viaturas chegaram a ficar paradas por falta de combustível, em quanto isso, Rigotto e seu secretário José Otávio Germano posam para fotos entregando viaturas para a Brigada Militar e Polícia Civil, o Marketing chega ao ponto que beira o ridículo, um exemplo aconteceu na cidade de Morro Reuter onde a viatura do município ainda não estava pronta, trouxeram outra de um município vizinho só para o “garoto propaganda” (Rigotto), fazer a foto. Tanta propaganda, ainda com chapéu alheio, pois mais da metade dos recursos na compra das viaturas são recursos do Governo Lula, recursos esses que se comparados com os de seu antecessor aumentaram em 60%. (Entre os anos 2003 e 2004 o governo federal mandou para o estado R$ 48,6 milhões).
Na saúde, o “garoto propaganda” já deixou de aplicar R$ 662,77 milhões, e na proposta orçamentária de 2006 são mais R$ 260 milhões, até o final de seu (des) governo o Rio Grande do Sul terá perdido R$ 920 milhões. Com esse valor, poderiam ser construídos 4.380 postos de saúde (desses que Rigotto prometeu construir a cada quilometro, quando candidato), uma média de nove unidades por município do RS. Para essa área inventou um programa que é a cara do seu governo “Município Resolve”...
O funcionalismo é o que mais sofre pela falta de valorização tanto profissional quanto salarial, Em sua gestão, Rigotto privilegia quem já é privilegiado os funcionários do Judiciário, Ministério Público, e TCE obtiveram um reajuste de 40%, enquanto isso, os funcionários do executivo (professores e técnicos) receberam uma proposta de 10% parcelada em três vezes, e o descaso vai além, para receber o décimo terceiro só fazendo empréstimo.
Na economia o desastre é maior, enquanto que todos os outros estados cresceram no Rio Grande do Sul aconteceu o inverso, Crescemos más que nem rabo de cavalo (sempre para baixo). No governo Olívio o Rio Grande do Sul crescia acima da média nacional, Rigotto conseguiu acabar com esse crescimento e de quebra com a competitividade do estado. A política adotada por Rigotto é a inversa de seu antecessor Olívio Dutra, que tinha como prioridade o fortalecimento dos micros, pequenos e médios empreendimentos. Os benefícios fiscais para os grandes grupos econômicos bateram recordes no Governo Rigotto e já alcançaram a cifra de R$ 3,8 Bilhões. Não bastasse Rigotto ainda criou medidas inconseqüentes, aumentou a tarifa do ICMS em 20%, elevando o preço produtos que são essenciais para o dia-dia do povo gaúcho (gasolina, telefone e energia elétrica), ainda, baixou um decreto impedindo o uso dos créditos do ICMS pelo setor exportador, fragilizando nossas empresas do setor coureiro-calçadista que já demitiram mais de 13 mil trabalhadores. A imagem do Fracasso de Rigotto é tão grande, que até seu secretário de desenvolvimento disse em tom de desabafo, “se tivesse um fábrica de calçados iria para o nordeste”. (se o problema do calçado é apenas a China e o câmbio, resolve ir para o nordeste? O dólar lá tem outro valor?).
O sonho dos gaúchos anda para trás... Estamos vendo um governo fracassado, que não mostrou ainda para que veio... A única coisa que causa inveja nesse governo é de sua equipe de marketing, Rigotto sempre é muito fotogênico, não perde uma festa, mas alguém tem que avisa-lo, que ele não é mais deputado Federal - que é como se porta quando aparece um problema no estado, corre para Brasília para Lula resolver-, que foi eleito para governar e não para participar de festas e fazer poses para fotos... Se ninguém quiser acordar o “garoto propagando” do “sonho encantado” em que vive o povo gaúcho vai continuar a ver navios...
Monday, May 22, 2006
A Participação do Homem Negro no Vietnã
A Participação do Homem Negro no Vietnã
Eldridge Cleaver, em Alma no Exílio
Entre os testes mais críticos enfrentados por Johnson estão a guerra do Vietnã e a revolução negra interna. O fato de que cérebros do Pentágono tenham decidido enviar dezesseis por cento de soldados negros para o Vietnã é uma indicação de que há um relacionamento estrutural entre estas duas áreas de conflito. E a escandalosa rejeição inicial do Legislativo da Geórgia em dar posse ao representante eleito Julian Bond, porque ele denunciara o papel de agressor dos Estados Unidos no Vietnã, mostra, também, a muito íntima relação entre o modo como seres humanos estão sendo tratados no Vietnã e o tratamento que estão recebendo aqui nos Estados Unidos.
Vivemos hoje num sistema que está nas últimas etapas de seu prolongado processo de colapso em escala mundial. Os dirigentes deste sistema têm as mãos muito ocupadas. A injustiça está sendo desafiada em cada esquina e em cada nível. Os governantes sentiram que a grande ameaça são os movimentos de libertação nacional em todo o mundo, e particularmente na Ásia, África e América Latina. Para que possam deflagrar guerras de repressão contra estes movimentos de libertação nacional no exterior, eles precisam ter paz, estabilidade e unanimidade de propósitos internamente. Mas, domesticamente, há um Cavalo de Tróia, um Cavalo de Tróia negro que já despertou para sua condição e agora luta para se levantar. Também ele exige a liberdade.
Qual é o propósito da atenção que os governantes estão agora focalizando sobre o Cavalo de Tróia? Advirá ele de um amor recém-descoberto pelo cavalo, ou será que os governantes necessitam que o cavalo fique quieto, impassivo, e não cause problemas ou embaraços enquanto travam a guerra no Vietnã? Na verdade, os governantes têm necessidade do poder do cavalo nos campos de batalha. O que o homem negro na América deve manter constantemente na lembrança, é que a doutrina da supremacia branca, que é uma parte da ideologia do sistema mundial que a estrutura do poder está tentando preservar, deixa ao homem negro a maior porção de sofrimento e ódio que a supremacia branca serviu de bandeja à população não-branca do mundo durante centenas de anos. O homem branco orientado pela supremacia branca sente menos remorso a respeito do massacre de “crioulos” do que sente em relação ao esmagamento de qualquer outra raça sobre a terra. Este fato histórico incontestável, tomado aos persistentes esforços atuais dos Estados Unidos para cortejar a União Soviética visando a uma aliança contra a China, significa PERIGO para todos os povos do mundo que têm sido vítimas da supremacia branca. Se este namoro for bem sucedido, se os Estados Unidos finalmente forem capazes de fazer par com a Rússia, ou se os Estados Unidos puderem continuar amedrontando a União Soviética para que esta renegue seus compromissos com a solidariedade socialista internacional (que os soviéticos estão sempre apregoando, embora ainda permitindo que os agressores imperialistas continuem a bombardear diariamente a República Democrática do Vietnã do Norte), e se os Estados Unidos forem capazes de lançar sua fúria e poder armado contra o crescente gigante não-branco que é a China (e este é o verdadeiro alvo da política norte-americana no Vietnã e o objetivo da estratégia norte-americana em todo o mundo), caso os Estados Unidos saiam vitoriosos nestas frentes, então será a vez do homem negro novamente encarar o linchador e o incendiário do mundo: e de enfrentá-lo sozinho.
Os americanos negros são muito facilmente iludidos por uns poucos sorrisos e gestos amigos, pela aprovação de umas poucas leis de aparência liberal que são deixadas nos livros, mofando sem serem postas em vigor, e pelos discursos insípidos de um Presidente que é um mestre consumado em tagarelar com os milhares de cantos da sua boca. Tal poesia não garante o futuro seguro da população negra da América. A população negra deve ter uma garantia, deve ter certeza, precisa estar convencida, afastando todas as dúvidas, de que o reinado do terror terminou e que não foi apenas suspenso, e que o futuro de seu povo está garantido. E a única maneira pela qual ela pode assegurá-lo é conquistando a unidade e a comunicação organizada com seus irmãos e aliados em todo o mundo, em bases internacionais. Ela precisa ter este poder. Não existe outra maneira. Qualquer outra coisa é a traição ao futuro de seu povo. O que está envolvido aqui, o que está sendo decidido neste exato momento, é a forma do poder no mundo de amanhã.
O problema racial americano não pode mais ser discutido ou resolvido separadamente. O relacionamento entre o genocídio no Vietnã e a atitude do homem branco em relação aos americanos negros é um relacionamento direto. Tão logo o homem branco resolva seu problema no Oriente, imediatamente voltará de novo sua fúria contra o povo negro da América, seu antigo saco de pancada. A população negra tem sido enganada repetidas vezes, vendida a cada instante pelos falsos líderes. Após a Guerra Civil, a América passou por um período similar ao que estamos vivendo agora. O problema dos negros recebeu ampla atenção. Todos sabiam que o homem negro tivera a justiça negada. Ninguém duvidava de que era tempo para mudanças e que o homem negro devia ser feito um cidadão de primeira classe. Mas a Reconstrução acabou. Os negros que foram elevados a altas posições foram bruscamente chutados para as ruas e aglomerados como gado juntamente com as massas de negros nos guetos e cinturões negros. O linchador e o incendiário receberam licença para matar negros à vontade. Os americanos brancos encontraram um novo nível para o qual expulsaram os negros. E com o auxílio de instrumentos tais como Booker T. Washington, a doutrina da segregação foi pregada firmemente nas costas dos negros. Foram necessários cem anos para avançar com dificuldade daquele nível de esfriamento para a miserável posição que os americanos negros ora ocupam. O tempo está passando. A oportunidade histórica que os acontecimentos mundiais agora apresentam aos americanos negros está se escoando a cada tique-taque do relógio.
Este é o último ato do show. Estamos vivendo numa época em que povos do mundo fazem a tentativa final em direção à liberdade plena e completa. Nunca antes esta condição prevaleceu na História. Antes, existiram sempre redutos mais ou menos articulados e conscientes, porções de classes, etc., mas a época atual é de consciência de massas, quando o mais insignificante homem na rua está em rebelião contra o sistema que lhe negou a vida e que, como ele já compreendeu, é a força que lhe retira a dignidade e o auto-respeito. Contudo, ele está sendo informado de que levará tempo para que se dê início aos programas, para aprovar a legislação, para educar a população branca e aceitar a idéia de que a população negra deseja e merece liberdade. Mas é fisicamente impossível avançar tão rápido quanto o homem negro gostaria. Os homens negros são extremamente sérios quando dizem LIBERDADE AGORA. Mesmo que o homem branco quisesse apagar de vez todos os traços do mal na calada da noite, não seria capaz de fazê-lo porque o sistema econômico e político não o permitirá. Toda a conversa a respeito de ir muito rápido é traiçoeira para o futuro do homem negro.
O que o homem branco deve ser levado a compreender é que o homem negro na América de hoje está totalmente ciente de sua posição e não pretende ser ludibriado novamente com mais cem anos de privação de liberdade. Nem por único momento ou por qualquer preço o homem negro atualmente em rebelião na América estará disposto a concordar com qualquer coisa que não seja a sua completa participação proporcional na soberania da América. O homem negro já chegou à compreensão de que, para ser livre, é necessário lançar sua vida – tudo enfim – na batalha, porque os opressores se recusam a compreender que, agora, lhes é impossível aparecer com outra trama para esmagar a revolução negra. O negro não pode se permitir uma nova tentativa. Não pode se permitir cruzar os braços. Precisa pôr fim a todo o show AGORA e assumir firmemente o controle de suas questões, porque, se não o fizer neste momento, se não conseguir agarrar fortemente as rédeas desta oportunidade histórica, talvez não haja amanhã para ele.
O interesse do homem negro está em ser um Vietnã independente e livre, um Vietnã forte que não seja o fantoche da supremacia branca internacional. Se as nações da Ásia, África e América Latina forem fortes e livres, o homem negro na América estará seguro e livre para viver com dignidade e auto-respeito. É um fato cristalino que enquanto as nações da África, Ásia e América Latina eram algemadas pela servidão colonial, o negro americano era mantido firmemente no torno da opressão e impedido de soltar um gemido de protesto de qualquer efeito. Mas quando estas nações começaram a lutar pela sua liberdade, foi então que os americanos negros fora capazes de aproveitar sua chance; foi, então, que o homem branco dispôs-se a pequenas concessões – forçado pela pura necessidade. A única salvação duradoura para o americano negro é fazer todo o possível no sentido de que as nações africanas, asiáticas e latino-americanas venham a ser livres e independentes.
A este respeito, os negros americanos têm um importante papel a desempenhar. Constituem um Cavalo de Tróia negro dentro da América branca e representam uma parcela de mais de vinte e três milhões de homens. É uma grande força. Mas também serão muito fracos se estiverem se estiverem desorganizados e divididos por disputas internas. Neste momento, está deploravelmente desorganizado; a necessidade urgente, pois, é de união e organização. A unidade está nos lábios dos negros. Hoje estamos à beira de mudanças radicais nesta paisagem miserável de quase mil pequenos grupos e organizações fragmentadas e ineficientes, incapazes de trabalhar juntas por uma causa comum. A necessidade de uma organização que dê uma voz ao interesse comum do homem negro é sentida em cada osso e músculo da América negra.
Ontem, após repudiar firmemente o racismo negro e romper seus laços com a organização dos muçulmanos negros, o falecido Malcolm X lançou uma campanha para transformar a luta do homem negro americano, de um tímido apelo em prol dos “direitos civis”, numa exigência universal pelos direitos humanos, com o supremo objetivo de pôr à prova o Governo dos Estados Unidos nas Nações Unidas. Isto e a idéia da Organização da Unidade Afro-americana foram o legado de Malcolm ao seu povo. E a idéia não caiu em terra árida. Já os líderes negros americanos reuniram-se com os embaixadores da África negra durante um almoço na sede das Nações Unidas. A ninguém escapou o significado deste momentoso acontecimento. O fato de terem sido o caso de Julian Bond, sua denúncia de agressão norte-americana no Vietnã e a ação de elementos racistas no legislativo da Geórgia que reuniram os líderes da América e da África negra, é profético de um reconhecimento ainda mais claro, pelos homens negros, de que seus interesses também estão ameaçados pela guerra de repressão norte-americana no Vietnã. Esta harmonização de causas e questões está destinada a dar consecução a outro sonho que o assassinato de Malcolm impediu-lhe de realizar – a Organização da Unidade Afro-americana, ou talvez uma organização similar sob nome diferente. Os americanos negros sabem, agora, que precisam se organizar para alcançar o poder de mudar as políticas externa e interna do governo norte-americano. Precisam fazer com que suas vozes sejam ouvidas a respeito destas questões. Precisam fazer com que o mundo saiba de que lado estão.
Não é por casualidade que o governo norte-americano está enviando aqueles soldados negros para o Vietnã. Algumas pessoas pensam que o objetivo da América, ao enviar dezesseis por cento de soldados negros para o Vietnã, é destruir a nata da juventude negra. Mas há um outro resultado importante. Transformando seus soldados negros em carniceiros do povo vietnamita, a América está propagando o ódio contra a raça negra em toda a Ásia. Mesmo os africanos negros acham difícil não odiar os americanos negros, por serem estes tão estúpidos que se deixam manipular para matar outro povo que luta pela liberdade. Os americanos negros são considerados os maiores tolos do mundo por irem para outro país lutar por algo que eles próprios não têm.
Os racistas brancos ficam perturbados com o fato de que povos do mundo inteiro gostam dos americanos negros, mas acha impossível dedicar semelhante afeição calorosa aos americanos brancos. O racista branco sabe que ele é o Americano Mau e quer que o americano negro seja também Mau aos olhos do mundo: a miséria gosta de companhia! Quando pessoas em todo o mundo gritam: “Yankee, Go Home”, visam o homem branco e não o homem negro, que é um escravo recém-libertado. O homem branco está tentando deliberadamente tentando fazer os povos do mundo se virarem contra os americanos negros, porque sabe que se aproxima o dia em que os americanos negros necessitarão da ajuda e do apoio de seus irmãos, amigos e aliados naturais espalhados por todo o mundo. Se através da estupidez, ou seguindo líderes escolhidos a dedo, que são agentes servis da estrutura do poder, os americanos negros permitirem o êxito desta estratégia contra eles, então, quando a hora chegar e precisarem de ajuda, este auxílio e apoio do mundo não existirá. Todo o amor, respeito e boa-vontade internacional de que os americanos negros atualmente gozam no mundo inteiro terão desaparecido. Eles mesmos terão soterrado tudo isso na lama dos arrozais e pântanos do Vietnã.
Eldridge Cleaver, em Alma no Exílio
Entre os testes mais críticos enfrentados por Johnson estão a guerra do Vietnã e a revolução negra interna. O fato de que cérebros do Pentágono tenham decidido enviar dezesseis por cento de soldados negros para o Vietnã é uma indicação de que há um relacionamento estrutural entre estas duas áreas de conflito. E a escandalosa rejeição inicial do Legislativo da Geórgia em dar posse ao representante eleito Julian Bond, porque ele denunciara o papel de agressor dos Estados Unidos no Vietnã, mostra, também, a muito íntima relação entre o modo como seres humanos estão sendo tratados no Vietnã e o tratamento que estão recebendo aqui nos Estados Unidos.
Vivemos hoje num sistema que está nas últimas etapas de seu prolongado processo de colapso em escala mundial. Os dirigentes deste sistema têm as mãos muito ocupadas. A injustiça está sendo desafiada em cada esquina e em cada nível. Os governantes sentiram que a grande ameaça são os movimentos de libertação nacional em todo o mundo, e particularmente na Ásia, África e América Latina. Para que possam deflagrar guerras de repressão contra estes movimentos de libertação nacional no exterior, eles precisam ter paz, estabilidade e unanimidade de propósitos internamente. Mas, domesticamente, há um Cavalo de Tróia, um Cavalo de Tróia negro que já despertou para sua condição e agora luta para se levantar. Também ele exige a liberdade.
Qual é o propósito da atenção que os governantes estão agora focalizando sobre o Cavalo de Tróia? Advirá ele de um amor recém-descoberto pelo cavalo, ou será que os governantes necessitam que o cavalo fique quieto, impassivo, e não cause problemas ou embaraços enquanto travam a guerra no Vietnã? Na verdade, os governantes têm necessidade do poder do cavalo nos campos de batalha. O que o homem negro na América deve manter constantemente na lembrança, é que a doutrina da supremacia branca, que é uma parte da ideologia do sistema mundial que a estrutura do poder está tentando preservar, deixa ao homem negro a maior porção de sofrimento e ódio que a supremacia branca serviu de bandeja à população não-branca do mundo durante centenas de anos. O homem branco orientado pela supremacia branca sente menos remorso a respeito do massacre de “crioulos” do que sente em relação ao esmagamento de qualquer outra raça sobre a terra. Este fato histórico incontestável, tomado aos persistentes esforços atuais dos Estados Unidos para cortejar a União Soviética visando a uma aliança contra a China, significa PERIGO para todos os povos do mundo que têm sido vítimas da supremacia branca. Se este namoro for bem sucedido, se os Estados Unidos finalmente forem capazes de fazer par com a Rússia, ou se os Estados Unidos puderem continuar amedrontando a União Soviética para que esta renegue seus compromissos com a solidariedade socialista internacional (que os soviéticos estão sempre apregoando, embora ainda permitindo que os agressores imperialistas continuem a bombardear diariamente a República Democrática do Vietnã do Norte), e se os Estados Unidos forem capazes de lançar sua fúria e poder armado contra o crescente gigante não-branco que é a China (e este é o verdadeiro alvo da política norte-americana no Vietnã e o objetivo da estratégia norte-americana em todo o mundo), caso os Estados Unidos saiam vitoriosos nestas frentes, então será a vez do homem negro novamente encarar o linchador e o incendiário do mundo: e de enfrentá-lo sozinho.
Os americanos negros são muito facilmente iludidos por uns poucos sorrisos e gestos amigos, pela aprovação de umas poucas leis de aparência liberal que são deixadas nos livros, mofando sem serem postas em vigor, e pelos discursos insípidos de um Presidente que é um mestre consumado em tagarelar com os milhares de cantos da sua boca. Tal poesia não garante o futuro seguro da população negra da América. A população negra deve ter uma garantia, deve ter certeza, precisa estar convencida, afastando todas as dúvidas, de que o reinado do terror terminou e que não foi apenas suspenso, e que o futuro de seu povo está garantido. E a única maneira pela qual ela pode assegurá-lo é conquistando a unidade e a comunicação organizada com seus irmãos e aliados em todo o mundo, em bases internacionais. Ela precisa ter este poder. Não existe outra maneira. Qualquer outra coisa é a traição ao futuro de seu povo. O que está envolvido aqui, o que está sendo decidido neste exato momento, é a forma do poder no mundo de amanhã.
O problema racial americano não pode mais ser discutido ou resolvido separadamente. O relacionamento entre o genocídio no Vietnã e a atitude do homem branco em relação aos americanos negros é um relacionamento direto. Tão logo o homem branco resolva seu problema no Oriente, imediatamente voltará de novo sua fúria contra o povo negro da América, seu antigo saco de pancada. A população negra tem sido enganada repetidas vezes, vendida a cada instante pelos falsos líderes. Após a Guerra Civil, a América passou por um período similar ao que estamos vivendo agora. O problema dos negros recebeu ampla atenção. Todos sabiam que o homem negro tivera a justiça negada. Ninguém duvidava de que era tempo para mudanças e que o homem negro devia ser feito um cidadão de primeira classe. Mas a Reconstrução acabou. Os negros que foram elevados a altas posições foram bruscamente chutados para as ruas e aglomerados como gado juntamente com as massas de negros nos guetos e cinturões negros. O linchador e o incendiário receberam licença para matar negros à vontade. Os americanos brancos encontraram um novo nível para o qual expulsaram os negros. E com o auxílio de instrumentos tais como Booker T. Washington, a doutrina da segregação foi pregada firmemente nas costas dos negros. Foram necessários cem anos para avançar com dificuldade daquele nível de esfriamento para a miserável posição que os americanos negros ora ocupam. O tempo está passando. A oportunidade histórica que os acontecimentos mundiais agora apresentam aos americanos negros está se escoando a cada tique-taque do relógio.
Este é o último ato do show. Estamos vivendo numa época em que povos do mundo fazem a tentativa final em direção à liberdade plena e completa. Nunca antes esta condição prevaleceu na História. Antes, existiram sempre redutos mais ou menos articulados e conscientes, porções de classes, etc., mas a época atual é de consciência de massas, quando o mais insignificante homem na rua está em rebelião contra o sistema que lhe negou a vida e que, como ele já compreendeu, é a força que lhe retira a dignidade e o auto-respeito. Contudo, ele está sendo informado de que levará tempo para que se dê início aos programas, para aprovar a legislação, para educar a população branca e aceitar a idéia de que a população negra deseja e merece liberdade. Mas é fisicamente impossível avançar tão rápido quanto o homem negro gostaria. Os homens negros são extremamente sérios quando dizem LIBERDADE AGORA. Mesmo que o homem branco quisesse apagar de vez todos os traços do mal na calada da noite, não seria capaz de fazê-lo porque o sistema econômico e político não o permitirá. Toda a conversa a respeito de ir muito rápido é traiçoeira para o futuro do homem negro.
O que o homem branco deve ser levado a compreender é que o homem negro na América de hoje está totalmente ciente de sua posição e não pretende ser ludibriado novamente com mais cem anos de privação de liberdade. Nem por único momento ou por qualquer preço o homem negro atualmente em rebelião na América estará disposto a concordar com qualquer coisa que não seja a sua completa participação proporcional na soberania da América. O homem negro já chegou à compreensão de que, para ser livre, é necessário lançar sua vida – tudo enfim – na batalha, porque os opressores se recusam a compreender que, agora, lhes é impossível aparecer com outra trama para esmagar a revolução negra. O negro não pode se permitir uma nova tentativa. Não pode se permitir cruzar os braços. Precisa pôr fim a todo o show AGORA e assumir firmemente o controle de suas questões, porque, se não o fizer neste momento, se não conseguir agarrar fortemente as rédeas desta oportunidade histórica, talvez não haja amanhã para ele.
O interesse do homem negro está em ser um Vietnã independente e livre, um Vietnã forte que não seja o fantoche da supremacia branca internacional. Se as nações da Ásia, África e América Latina forem fortes e livres, o homem negro na América estará seguro e livre para viver com dignidade e auto-respeito. É um fato cristalino que enquanto as nações da África, Ásia e América Latina eram algemadas pela servidão colonial, o negro americano era mantido firmemente no torno da opressão e impedido de soltar um gemido de protesto de qualquer efeito. Mas quando estas nações começaram a lutar pela sua liberdade, foi então que os americanos negros fora capazes de aproveitar sua chance; foi, então, que o homem branco dispôs-se a pequenas concessões – forçado pela pura necessidade. A única salvação duradoura para o americano negro é fazer todo o possível no sentido de que as nações africanas, asiáticas e latino-americanas venham a ser livres e independentes.
A este respeito, os negros americanos têm um importante papel a desempenhar. Constituem um Cavalo de Tróia negro dentro da América branca e representam uma parcela de mais de vinte e três milhões de homens. É uma grande força. Mas também serão muito fracos se estiverem se estiverem desorganizados e divididos por disputas internas. Neste momento, está deploravelmente desorganizado; a necessidade urgente, pois, é de união e organização. A unidade está nos lábios dos negros. Hoje estamos à beira de mudanças radicais nesta paisagem miserável de quase mil pequenos grupos e organizações fragmentadas e ineficientes, incapazes de trabalhar juntas por uma causa comum. A necessidade de uma organização que dê uma voz ao interesse comum do homem negro é sentida em cada osso e músculo da América negra.
Ontem, após repudiar firmemente o racismo negro e romper seus laços com a organização dos muçulmanos negros, o falecido Malcolm X lançou uma campanha para transformar a luta do homem negro americano, de um tímido apelo em prol dos “direitos civis”, numa exigência universal pelos direitos humanos, com o supremo objetivo de pôr à prova o Governo dos Estados Unidos nas Nações Unidas. Isto e a idéia da Organização da Unidade Afro-americana foram o legado de Malcolm ao seu povo. E a idéia não caiu em terra árida. Já os líderes negros americanos reuniram-se com os embaixadores da África negra durante um almoço na sede das Nações Unidas. A ninguém escapou o significado deste momentoso acontecimento. O fato de terem sido o caso de Julian Bond, sua denúncia de agressão norte-americana no Vietnã e a ação de elementos racistas no legislativo da Geórgia que reuniram os líderes da América e da África negra, é profético de um reconhecimento ainda mais claro, pelos homens negros, de que seus interesses também estão ameaçados pela guerra de repressão norte-americana no Vietnã. Esta harmonização de causas e questões está destinada a dar consecução a outro sonho que o assassinato de Malcolm impediu-lhe de realizar – a Organização da Unidade Afro-americana, ou talvez uma organização similar sob nome diferente. Os americanos negros sabem, agora, que precisam se organizar para alcançar o poder de mudar as políticas externa e interna do governo norte-americano. Precisam fazer com que suas vozes sejam ouvidas a respeito destas questões. Precisam fazer com que o mundo saiba de que lado estão.
Não é por casualidade que o governo norte-americano está enviando aqueles soldados negros para o Vietnã. Algumas pessoas pensam que o objetivo da América, ao enviar dezesseis por cento de soldados negros para o Vietnã, é destruir a nata da juventude negra. Mas há um outro resultado importante. Transformando seus soldados negros em carniceiros do povo vietnamita, a América está propagando o ódio contra a raça negra em toda a Ásia. Mesmo os africanos negros acham difícil não odiar os americanos negros, por serem estes tão estúpidos que se deixam manipular para matar outro povo que luta pela liberdade. Os americanos negros são considerados os maiores tolos do mundo por irem para outro país lutar por algo que eles próprios não têm.
Os racistas brancos ficam perturbados com o fato de que povos do mundo inteiro gostam dos americanos negros, mas acha impossível dedicar semelhante afeição calorosa aos americanos brancos. O racista branco sabe que ele é o Americano Mau e quer que o americano negro seja também Mau aos olhos do mundo: a miséria gosta de companhia! Quando pessoas em todo o mundo gritam: “Yankee, Go Home”, visam o homem branco e não o homem negro, que é um escravo recém-libertado. O homem branco está tentando deliberadamente tentando fazer os povos do mundo se virarem contra os americanos negros, porque sabe que se aproxima o dia em que os americanos negros necessitarão da ajuda e do apoio de seus irmãos, amigos e aliados naturais espalhados por todo o mundo. Se através da estupidez, ou seguindo líderes escolhidos a dedo, que são agentes servis da estrutura do poder, os americanos negros permitirem o êxito desta estratégia contra eles, então, quando a hora chegar e precisarem de ajuda, este auxílio e apoio do mundo não existirá. Todo o amor, respeito e boa-vontade internacional de que os americanos negros atualmente gozam no mundo inteiro terão desaparecido. Eles mesmos terão soterrado tudo isso na lama dos arrozais e pântanos do Vietnã.
Friday, May 19, 2006
O Barril de polvora explodiu!
Nestes dias de pavor e tensão que São Paulo e algumas partes do Brasil vem sofrendo com o crime organizado é um afronto e uma resposta á sociedade dominante,que ao longo dos anos não deu maiores atenções, simplesmente criou uma barreira entre as realidades.Tivemos nestas ultimas semanas diversos crimes,ataques a delegacias, queima de onibus ,diversos homicidios,ataques a postos de bombeiros e a casa de policiais(que este muitas vezes foram coniventes com o crime).Hoje o barrio de polvora explodiu,nós os loucos do rap a muito tempo já avisavamos que iria acabar nesta barbárie,lembro uma vez numa entrevista que li do MV BILL que ele disse:que enquanto a violência estivesse nos morros,nas perifeiras nas favelas, não era preocupação para sociedade principalmente a dominante,era um puro e simples problema das comunidades carentes.Só que a mais de 500 anos vemos e vivemos as barbaries plantadas pelo sistema capitalista e dominantes,que no seu intimo a custa de qualquer preço ignoram ideias,posturas,raças e classe social,então vejo que no meu ponto de vista não precisava acabar assim.Mais ao mesmo tempo este sistema criado pela classe burguesa hoje colhe os frutos da arvore que plantaram em 1500,posso ate me arriscar a dar algums exemplo bem nitidos. Lendo alguns livros, me recordo dos acordos feitos na escravidão,dizendo que iriam libertar os escravos, que na sua maioria eram negros, com promessas de liberdade,que nos bastidores já tinha um pré-acordo com a classe dominante.Também posso dizer sobre a lei do boi de 1850 que não dava acesso a terra para ex escravos negros.Depois passamos por diversos golpes politicos,que vai da má distribuição de renda ao simples acesso a educação."O Crime que antes era crime hoje é organizado"então temos que cuidar dessse fator que,se não investirmos pesado na educação que faça um recorte historico da realidade brasileira não poderemos avançar.Tenho certeza que não há mais tempo de brincar,os governantes tem que se sensibilizar que,se quizermos conbater o crime,temos que buscar uma alternativa educacional para homems,mulheres, e principalmentes as crianças,adolescentes,jovens que são o futuro e o presente da nação. Minha opinião:É este recorte educacional começa numa medida que,fiscalize o maior poder de distruição em massa,a televisão,que visa apenas alcançar o lucro mercatologico,falo expecificamente da Rede Globo de televisão,que nos horarios nobres coloca novela como uma realidade europeia num alto poder de consumismo,importa para realidade brasileira um padrão expremamente capitalista,mesmo que com isso tenhamos que super-lotar cadeias,e transformar os jovens em aviaozinhos do trafico.Por isso e pela falta de politicas publicas e de ações afirmativas,que o barrio de polvora explodiu.Ai governador de São Paulo dai ah solução.(Ass:Tamborero,AHVS associação de hip hop do vale do sinos,grupo de rap Preconceito Zero).
Monday, May 15, 2006
Satisfação
Po é a maior satisfação pra mim poder hoje em dia ver o crescimento abundante de nossa cultura no país,e no mundo.
Bom comecei no Hip Hop na época que,não se falava na escola em Hip Hop,muito menos nos meios de comunicação dominantes(rede globo,Rbs...) em Hip Hop,só era uma cultura de marginais,de drogados e um bando de anonimos que não sabiam o que queriam. Eramos considerados assim pela sociedade moderna,que de tão moderna carrega o conservadorismo,preconceito,ignorância,machismo na veia desta sociedade.
Bom ai percebiamos durante o processo de afirmação da cultura que tinhamos que mostrar porque o Hip Hop aqui chegou e o que queria transmitir.Enfrentamos barreiras diversas na construção não só uma alternativa cultura,mais sim de um movimento socio cultural de transformações sociais que deu voz,vez pras comunidades carentes de todo o mundo.Então percebemos o quanto é indispensável nossa participação na sociedade moderna e contemporânea,ja que em pleno seculo 21 trazemos uma crise de indentidade junto de nós. A coisa mais loca dentro do Hip Hop é poder no dia a dia buscar alternativas para deixar viva esta cultura, que serve como ferramenta de trabalho e transformações nas periferias.Segundo meus pensamentos " acredito que vivemos uma constante evolução momentanea e não de transformações".Porque tenho uma visão que enquanto não tivermos um nortiador comum,não chegaremos em lugar algum.Quero poder junto com o coletivo deixar minha contribuição para estas pessoas que acreditam num mundo mais justo e igualitário. Ass:Tamborero...AHVS(Associação Hip Hop Vale do Sinos)
Bom comecei no Hip Hop na época que,não se falava na escola em Hip Hop,muito menos nos meios de comunicação dominantes(rede globo,Rbs...) em Hip Hop,só era uma cultura de marginais,de drogados e um bando de anonimos que não sabiam o que queriam. Eramos considerados assim pela sociedade moderna,que de tão moderna carrega o conservadorismo,preconceito,ignorância,machismo na veia desta sociedade.
Bom ai percebiamos durante o processo de afirmação da cultura que tinhamos que mostrar porque o Hip Hop aqui chegou e o que queria transmitir.Enfrentamos barreiras diversas na construção não só uma alternativa cultura,mais sim de um movimento socio cultural de transformações sociais que deu voz,vez pras comunidades carentes de todo o mundo.Então percebemos o quanto é indispensável nossa participação na sociedade moderna e contemporânea,ja que em pleno seculo 21 trazemos uma crise de indentidade junto de nós. A coisa mais loca dentro do Hip Hop é poder no dia a dia buscar alternativas para deixar viva esta cultura, que serve como ferramenta de trabalho e transformações nas periferias.Segundo meus pensamentos " acredito que vivemos uma constante evolução momentanea e não de transformações".Porque tenho uma visão que enquanto não tivermos um nortiador comum,não chegaremos em lugar algum.Quero poder junto com o coletivo deixar minha contribuição para estas pessoas que acreditam num mundo mais justo e igualitário. Ass:Tamborero...AHVS(Associação Hip Hop Vale do Sinos)
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