Fausto Wolff - JB - 25/07/2006
De 1933 a 1945, o mundo desconhecia o terror nazista nos campos de concentração. A Europa levou algum tempo para reagir. Chamberlain e Daladier achavam que Hitler cumpriria sua palavra e se satisfaria com a Áustria. Foi preciso que Churchill, para defender seu quintal, fosse à luta. Enquanto isso, Hitler invadia país a país, Oriente e Ocidente. Três anos depois os americanos se decidiram atravessar o Atlântico.
Quem certamente não saberia que pagaria pelos crimes nazistas eram os palestinos, os iraquianos, os libaneses, os afegãos e os iranianos, que, para nós, meninos brasileiros, eram apenas heróis e vilões dos filmes de Hollywood com Jon Hall e Maria Montez.
A Copa serviu de biombo para esconder a invasão na Faixa de Gaza e a sua transformação em campo de concentração sem luz e sem água. O massacre no Líbano também deve estar servindo de biombo para tenebrosas transações - a eleição e vitória da fraude no México, a invasão do Timor Leste pela Austrália e outras coisitas mais.
Hoje se sabe que a tomada da Faixa de Gaza havia sido planejada há meses. Bem antes do jovem cabo Gilad Shalit ter sido seqüestrado. Pergunto-me em que condições psicológicas viverá este garoto, sabendo que foi usado para tanto terror, destruição e derramamento de sangue.
Antes disso uma divisão israelense já fora treinada para responder como respondeu aos ataques do Hezbollah. Sabe-se também que o seqüestro de dezenas de líderes do partido palestino Hamas estava há meses na agenda israelense. Os primeiros passos, portanto, foram aprisionar a Faixa de Gaza e neutralizar o Hezbollah com a invasão do Líbano.
Ao contrário do que escreveu um líder sionista carioca em resposta a um artigo de minha autoria - o primeiro na imprensa brasileira - sobre a covarde agressão a Gaza, Israel não é uma pequena nação acuada. Dá-se ao luxo de usar explosivos tóxicos e radioativos que queimam o interior do corpo da vítima e deixam deformações permanentes, mas este é apenas um detalhe para a construção da Grande Israel com o patrocínio dos Estados Unidos (aliás, eu gostaria de saber quantos turistas americanos já morreram no Líbano), que abrange o que sobrar da Palestina, Líbano, Síria, Irã, Iraque e Afeganistão.
No momento em que escrevo, sobe a mil o número de civis mortos no Líbano e ainda não foi preso um terrorista.Ao contrário, há menos de duas semanas eles atingiram um navio de guerra de Israel com dois mísseis iranianos, o que servirá de pretexto para atacar futuramente o Irã, como se as armas israelenses não fossem fabricadas em Seattle e Miami. Os mísseis sobre Miron e Haifa demonstram que a guerra não será tão rápida como se pensava.
Se a guerra é contra terroristas, não bastam os nove mil terroristas (homens, mulheres e crianças) presos em Graib e Guatánamo? É trágico e irônico, pois o velho Deus comum a judeus, árabes e cristãos dizia a seus filhos que, para serem livres, deviam despojar-se de suas posses e colher apenas o necessário para cada dia (Êxodo, 16; 17-18); o que Marx viria a reutilizar.
Não acredito que Israel queira acabar com os terroristas, pois só faz aumentá-los. Um homem que vai para o trabalho e ao voltar para casa a encontra destruída e, sob os escombros, sua mulher e seus filhos mortos, leva quanto tempo para virar terrorista? Logo saberemos.
Em vez de ouvir a voz de Deus e do imenso número de judeus que não concorda com sua política, o primeiro-ministro israelense preferiu ouvir a voz do dr. Strangelove, também conhecido por Henry Kissinger: "Quem dominar os suprimentos de alimentos dominará o povo, quem dominar a energia dominará continentes e quem dominar o dinheiro dominará o mundo". P.S.: Os sionistas brasileiros que escreveram dezenas de cartas odiosas e vulgares para mim já têm gente melhor para dirigir sua raiva: John Berger, Harold Pinter e Noam Chomsky escreveram um manifesto acusando Israel de querer acabar com a nação palestina.
3 comments:
acho que o hip hop deve continuar porque esta a bater, dou vos o exemplo de Mocanbique todo o pessoal aqui so curte hip hop. Bova
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